Diego Revollo Arquitetura

Rua dos Três Irmãos, 201 - Vila Progredior, São Paulo - Estado de São Paulo, Brasil

SOBRE DIEGO REVOLLO 
 
Diego Revollo iniciou seus estudos em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 1994. Ingressou na Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1997 e formou-se em Arquitetura e Urbanismo em 2001. Iniciou sua carreira em 2000 ao lado de Roberto Migotto e, em 2008, abriu seu próprio escritório. 
Ele valoriza o belo acima de tudo e tem como principais virtudes o rigor estético e a busca do equilíbrio. Atua desde a concepção inicial de casas, apartamentos e ambientes comerciais até a escolha final dos objetos de arte. Autor do projeto da primeira loja do grupo Armani Casa no Brasil, Diego Revollo tem trabalhos realizados em outros estados brasileiros e também em outros países como França e Estados Unidos. 
Seus projetos já foram publicados em revistas e livros na Itália, Alemanha, França, Croácia, Espanha, Grécia, Estados Unidos, Canadá, México, Rússia, República Tcheca, Eslováquia, Suécia, Lituânia, Hungria, Ucrânia, Uruguai, Índia, Turquia, Polônia , Bulgária, Líbano, Arábia Saudita, Emirados Árabes, China, Coreia do Sul, Japão e Indonésia, bem como sites de arquitetura em todo o mundo. 
Atualmente faz parte da equipe de colunistas das revistas Casa e Jardim e Avantto Lifestyle.

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O cliente, personal stylist e apresentador de TV brasileiro, com altíssimo senso de beleza, e dono deste apartamento de 250m² localizado em São Paulo, tornou o projeto inédito para o arquiteto Diego Revollo. 
O proprietário, amigo íntimo de Diego há mais de 10 anos, mora em diversos bairros da moda em cidades como Milão, Nova York e Londres. A ideia do design de interiores do apartamento foi incorporar o universo cosmopolita e glamoroso dessas grandes cidades às características arquitetônicas originais deste tradicional imóvel de São Paulo, como o pé direito alto e a metragem quadrada bem distribuída em cômodos amplos, com ótima iluminação e ventilação. . 
Esse apelo “internacional” tinha que ser tão glamoroso quanto confortável, com um design contemporâneo que traz elementos clássicos como tons mais sóbrios como bege, marrom e preto, combinando móveis italianos e design estiloso. A ousadia desse projeto ficou patente na composição artística nas paredes, como uma fotografia nua de Raquel Zimmermann se misturando ao antigo lustre e uma imagem de Eva Herzigova contrastando com a mesa moderníssima e as cadeiras transparentes da sala de jantar. 
O estilo único deste apartamento reflete claramente a personalidade e o modo de vida do cliente. Seu trabalho com editoriais de moda, apego às artes plásticas contemporâneas, tudo reflete o impacto estético do estilo de design de interiores de Diego.

Stylist Apartment

Real Parque Loft 
O Loft, de 105 m², está localizado na zona sul de São Paulo, em um bairro tradicionalmente residencial, com construções datadas da década de 80 e 90. Por essa razão optamos por iniciar o projeto pela tradicional compartimentalização do apartamento em inúmeras divisões adaptadas a cada ambiente. 
O principal desafio foi de abrir os espaços e criar uma sensação de amplitude que conciliasse as limitações estruturais já existentes aos novos ambientes. Sendo assim, o proprietário, um jovem empresário recentemente casado, se dispôs a mudanças profundas e logo se sentiu atraído às características espaciais do Loft, assim como também à estética contemporânea comum a esses casos. 
A idéia de uma “caixa” revestida em cimento queimado em todas as superfícies, do piso ao teto e às paredes, traria um aspecto contemporâneo e clean ao projeto. Um cuidado particular foi considerado na escolha de tons de cinzas que fossem o mais próximo do tom do cimento natural, o que seria moderno, porém não tão frio. Nos banheiros usamos o revestimento em Limestone Oasis Blue em um tom similar ao cimento queimado, utilizado apenas como uma alternativa ao cimento queimado, por ser mais apropriado na aplicação em louças e cubas esculpidas. 
Um resultado muito moderno e frio não agradaria o cliente, devido a sua preferência por um estilo mais confortável e quente, o que levou o escritório a sugerir uma conciliação entre o cimento queimado e uma madeira natural em um tom castanho avermelhado, que pudesse “aquecer” e enriquecer o ambiente, de um ponto de vista estético. Em alguns ambientes , assim como o hall de entrada, o assento da sala de jantar e o banco da varanda, utilizamos a madeira Cumaru, uma madeira maciça brasileira de alta resistência. Nos locais onde o uso de madeira maciça não era viável, devido ao peso ou pelas suas características naturais, optamos pela madeira Pau Ferro, uma madeira com muita personalidade e com um design semelhante ao Jacarandá, uma das principais madeiras utilizadas na produção de móveis brasileiros nas décadas de 50 e 60. 
A escolha do mobiliário e design de interiores prosseguiu com a priorização de toques confortáveis e quentes, contrariando sempre à frieza da “caixa” de cimento queimado. Optamos, então, por tecidos como o linho natural ou o couro envelhecido. O resultado final é um loft sem excessos, espaçoso e extremamente prazeroso de se viver.

Real Parque Loft

Loft Vila Leopoldina 
 
 
Localizado no bairro Vila Leopoldina, em um empreendimento projetado para o jeito contemporâneo de viver, este loft de 70m2 pertence a um jovem ator de musicais e propagandas. Seu estilo de vida moderno reflete o conceito do loft integrado cujas áreas social e intima se separam apenas por uma cortina que remete a uma cena teatral. 
Para toda a estrutura do apartamento foi escolhido um único material, o cimento queimado, que cobriu piso, parede e teto. A esta estrutura neutra foi somada uma mistura inusitada de tons de vinho, lilás e roxo utilizados na decoração como nas cortinas e no tapete da sala e também na cozinha. 
A cozinha com estrutura cinza e marcenaria vinho teve um tampo amarelo colocado ocupando a área das refeições e também a área de preparo. A escolha do amarelo quebrou os matizes utilizados deixando um ar ainda mais moderno e alegre para o apartamento. Além disso, o tampo foi uma ousada solução de arquitetura ao padronizar em uma mesma altura o fogão e a mesa de jantar. 
Contrariando a idéia de que pequenos espaços pedem pequenos móveis, foi escolhido um sofá ultradimensionado que ocupa as duas paredes da sala. E ao contrário de que se imagina, este imenso sofá trouxe amplitude e leveza para a sala. 
A pedido do cliente que mora sozinho, a área intima foi projetada para trazer muito conforto. O closet, banheiro e banheira foram setorizados através da criação de um desnível e também da escolha da madeira natural para o piso. A integração desta área criou uma atmosfera de SPA ou sala de banho inesperada para um apartamento de 70 m2. 
Ainda nesta área, foi criado um pequeno escritório com isolamento acústico que permite que o proprietário trabalhe e faça gravações de áudio diretamente de sua casa. 
O resultado é um apartamento super aproveitado que traz todos os itens necessários para um estilo de vida prático e atual, sem perder a beleza.

Loft Vila Leopoldina

Do teto às paredes, Diego Revollo, um dos nomes mais relevantes entre os novos criadores do décor brasileiro, propõe uma caixa que encapsula uma seleção sofisticada de arte e mobiliário, com equilíbrio e grande efeito visual. 
“Com ares de loft nova-iorquino, procuramos partir do existente, ou seja, da arquitetura original do Itacolomi 445, que é o grande trunfo do projeto. Com traços e volumes marcantes na fachada com guarda-corpo e brise pretos, a ideia foi replicar essas características para o lado de dentro, criando uma unidade entre arquitetura externa e interna. Dessa maneira enfatizamos todos os metais da estrutura, vigas e caixilhos pretos que se destacam na caixa cinza interna onde a integração dá o tom nos amplos espaços. Esta é a visão de Diego para as casas do futuro. Ele já não acredita em ambientes sociais separados por paredes. Neste projeto, visualmente não vemos separação entre living, sala de jantar, TV e cozinha. Living e sala de TV tiveram seus ambientes voltados para a TV, e ainda assim,no quadro geral, ficou tudo muito harmônico. A madeira nacional em tons marrons, de outra parte, foi muito utilizada em móveis, piso e objetos de decoração dando o acolhimento e conforto imprescindíveis. Tudo foi orquestrado em uma hierarquia onde a arquitetura dita todo o projeto: cinzas, pretos, neutros e o azul marinho quase noir.”A parede da sala de jantar em preto deu a sofisticação enquanto as dramáticas cortinas em cor azul escura enfatizaram a verticalidade do pé direito e serviram de separação entre a área social e o resto do apartamento. 
Não é necessariamente um décor minimal, mas certamente, Diego abriu mão de todo e qualquer excesso ao apostar em formas, volumes e texturas calmas, bastante elegantes. Especial atenção foi dada na escolha dos objetos de decoração, muito cuidadosamente escolhidos, marcando sua presença inclusive na cozinha, foi fator de grande impacto. 
“Essa estrutura monocromática é mantida á risca na paleta da decoração e contrasta apenas com a madeira sempre castanha em cumarus e nogueiras, com pitadas discretas de dourado, que contribuem para o clima industrial chic.”

Apartamento Itacolomi

Paris Apartment

Bordô Apartment 
 
Uma explosão de cores aliada à mistura bem dosada de móveis e peças com perfume dos anos 1970 elevam o aspecto visual deste apartamento de 260m² em São Paulo. Em texturas acolhedoras, o branco e o bordô – cor do momento – relevam que luxo, acima de tudo, é conforto. Um jogo que Diego Revollo pratica como poucos. 
 
A cor forte do bordô foi o ponto de partida para a criação deste projeto, pois quando o cliente entrou em contato com o escritório, não abria mão de ter o Home Theater nesta tonalidade. Sendo assim, o arquiteto aprimorou a idéia, forrando todo o ambiente com um tecido Shantung Bordô, realizando o desejo do cliente e fazendo daquele ambiente o grande diferencial do apartamento, servindo como plano de fundo para o living. 
 
Os acabamentos pesados saíram de cena para dar espaço ao mix de identidades. Estilos diferentes são bem-vindos aos novos dias do imóvel. Com simplicidade, o arquiteto define o que move seu escritório: “Personalização e fixação pelo belo”. Aqui, a estrutura clara resultante de integração entre os espaços trouxe leveza ao que antes era um lugar escuro e compartimentado. “Com luz abundante e fluidez de layout, escolhemos uma paleta de cores rica para um décor contemporâneo e chic”, conta Diego. 
 
Para complementar a cor bordô, tons de verde e azul foram adicionados, como o sofá curvo com veludo verde. E para acentuar a claridade do apartamento, o sofá do living foi feito absolutamente branco, o que encaixou perfeitamente com o plano de fundo bordô. 
 
Outro diferencial deste projeto é a mistura de tonalidades de madeiras naturais, começando pelo piso claro em madeira Tauarí, passando pela madeira tom de mel Carvalho no terraço, painel na madeira acinzentada Grigio, e indo até uma madeira escura Ébano de Macassar, na cômoda/bar do living. Madeiras que unidas ás tonalidades neutras do apartamento, trouxeram equilíbrio e aconchego. 
 
O mix de estilos é o ponto alto da decoração: poltrona estilo francês, sofá da década de 60, tons de dourado trazendo a década de 70, e peças contemporâneas - como o sofá do Living e do Home Theater. O Mix também fica evidente nos objetos e adornos do apartamento, com texturas e acabamentos diversos, passando pelos tradicionais até os contemporâneos, usando muranos, vidros coloridos, cerâmicas e tons diferentes de metais, como latão e prata, gerando assim, uma mistura afinada de estilos e épocas.

Apartamento Bordô

A composição decorativa deste apartamento é fruto de uma tendência que vem ganhando força nos últimos anos, a de um décor clean, mínimo, em que a sobriedade do conjunto todo é pontuada por peças específicas. O resultado final parte do pressuposto de que atualmente vive-se com menos, não há espaço para acumular miudezas, tampouco tempo para apreciá-las. É preciso se reinventar e se remodelar a uma tendência que veio para ficar, daí a proposição deste estilo de vida despojado, compatível com o quotidiano do cliente. 
 
A paleta de cores deste apartamento na Vila Olímpia, em São Paulo, definitivamente faz jus ao seu nome: preto e branco delimitam os 77m2 muito bem aproveitados por Diego Revollo, em mais um de seus projetos. Situada numa zona majoritariamente empresarial e adensada, a residência está inserida num contexto moderno, corporativo e cosmopolita. No seu primeiro contato com o escritório, o cliente foi extremamente enfático quanto à necessidade de partir de um desenho que amarrasse todos os espaços do apartamento, sem cantos esquecidos ou inutilizados. Era preciso integrar e valorizar cada metro quadrado. 
 
Daí surge o desafio e a dificuldade que motivou o desenrolar do projeto: era necessário agregar cada uma das partes sem que o dono do apartamento perdesse a privacidade de seu dormitório. O segundo quarto foi anexado à sala, tomando a forma de uma sala de TV separada por esquadrias corrediças. A volumetria da sala de estar também aglutinou todo o espaço do terraço para si, tornando-se o ponto central do apartamento pela sua amplitude e interação entre varanda/home-theater. 
 
Sobre a importância de amarrar todos os ambientes existentes, a varanda do apartamento se coloca como um ótimo ponto de relaxamento, inteiramente revestida por ripas maciças de Tauarí alvejado, num mood escandinavo. Além de aconchegante, o espaço é sempre o ponto de partida de toda e qualquer festa, garante o dono. Não é difícil de entender o porquê: ao invés de aparatos gourmet, foram selecionados todos os utensílios necessários à fabricação de drinks, como manda o figurino! 
 
A cor preta da marcenaria se destaca em relação ao cimento queimado branco utilizado no apartamento. Enquanto o preto delimita espaço, o branco emoldura toda a composição. A cozinha permanece presa à entrada do apartamento, confinada aos limites de sua própria cor, enquanto que o branco das paredes, pisos e teto acabam por enquadrá-la. Isso tudo sem mencionar o fato de que a clareza do cimento queimado proporciona uma difusão de luz capaz de trazer iluminância suficiente para o não acendimento de sequer uma luminária durante o dia. Os tons escolhidos criam uma atmosfera clara, capaz de refletir a luz de fora apartamento adentro. 
 
Os ambientes foram seccionados pela cor, seguindo seu uso e função. As áreas sociais e íntimas receberam o branco do cimento. A parte de serviços ficou revestida de preto e a varanda, em tons cor de mel. Assim, a divisão visual se dá pelos revestimentos escolhidos e não por paredes ou elementos físicos. A varanda, inclusive, foi revestida diferentemente da sala pois não se queria transformá-la em parte social mas, sim, ter certeza de que seria usada com frequência para momentos de lazer e relaxamento. 
 
Os móveis leves, arrojados refletem o espírito jovial e festivo do dono do apartamento: o intuito era o de se ambientar a morada de um solteiro, numa atmosfera descontraída e masculina. Valendo-se do vidro, das chapas metálicas e de elementos vazados, foi possível ambientar todo o percurso visual da sala de maneira limpa, sem excessos, sempre amarrando um espaço ao outro. Elementos vazados, esses, conhecidos popularmente como Cobogós. Introduzidos no mercado na década de 1950, são um sucesso absoluto até hoje ao proporcionarem a passagem de luz e ventilação, bem como um esteticismo único. Contudo, o chamariz decorativo deste apê é, sem dúvida, o contraste vibrante entre o preto e o branco utilizados, demarcando usos para um apartamento essencialmente contemporâneo.

Apartamento B&W

Os proprietários jovens deste apartamento em Alto de Pinheiros, São Paulo, desejavam um projeto de interiores compatível com a fase de vida em que se encontravam: espaçoso o suficiente para acomodar a filha e sem excessos que atrapalhassem o modo de vida despojado que levam. Era preciso realmente adaptar a arquitetura do apartamento ao estilo do bairro em que ele se situa: uma região tranquila e majoritariamente residencial, permeada por uma insolação excelente e áreas verdes de sobra. 
 
A planta original, compartimentada, cedeu lugar à integração de espaços, promovida pelo arquiteto, no momento em que a sala aglutinou para si toda a área do terraço que permeia a fachada do edifício. Com isso, esta área “externa” pôde virar uma continuação do living, fornecendo uma quantidade expressiva de iluminação natural para a área social do apartamento. Quanto à reformulação da planta, as mudanças foram mais comedidas. O arquiteto propôs uma circulação enxuta e a interligação do dormitório contíguo à sala com portas de correr. Daí surgiu uma brinquedoteca que pode se ligar, ou não, à parte social. 
 
Durante o decorrer do projeto, é fundamental ressaltar o fato de que o terraço passou a fazer parte da sala, mas continuou com o conceito de varanda. O desnível existente foi mantido e o piso foi revestido em material cerâmico. Era preciso agregar, porém diferenciar. Inclusive, a transição entre o espaço do living para o terraço foi pensada de modo a ser arrematada por um pórtico metálico, elegante e discreto. O vão existente foi alargado e até cogitou-se em executar um caixilho de fechamento, mas a pontuação do pórtico metálico foi suficiente para separar ambos os ambientes sem a necessidade de uma nova camada de vidro. 
 
Vale mencionar que o piso original foi a primeira etapa do projeto a ser resolvida: definitivamente ele seria mantido. O assoalho em Cumarú lustrado pincela diversos tons de marrom em todo o apartamento, trazendo uma superfície quente, de material nobre, a todos os recintos. Tendo como protagonista o piso existente, o projeto embasou sua evolução a partir das possibilidades de combinação entre os tons amadeirados e as cores que não ofuscariam a presença da madeira. Surge, então, a escolha da cor cinza claro como o fio condutor do desdobramento de cores do projeto. 
 
A paleta de tons foi pensada de modo a elaborar um pano de fundo aconchegante, visto que se trata do lar de uma família ainda jovem, com criança. Substituindo o antigo branco e trazendo uma vibração contemporânea ao recinto, o cinza claro se esparrama por toda a parte social. Por cima desta cor suave, os móveis pontuam doses generosas de cores fortes como o laranja e o azul, cores complementares. A partir do azul do mobiliário, as outras partes do projeto decorativo tomaram a mesma vertente, haja vista a sobreposição dos tapetes, dentre os outros objetos. 
 
Nos seus 200m2 de área construída, este apartamento foi lapidado ao longo da reforma por projetos específicos de marcenaria, desenvolvidos especialmente para cada cômodo. Os proprietários foram enfáticos quanto ao custo-benefício de um bom projeto de marcenaria desde o começo. Eles estavam dispostos a arcar com este custo desde que tivessem a certeza da qualidade arquitetônica a ser ganha posteriormente. Os closets e dormitórios foram redesenhados aos ensejos dos moradores, tudo com muita leveza. O projeto pede um desenho sutil e moderno, nada de excessos rebuscados ou peças pesadas. 
 
 
Sobre o projeto decorativo em si, a escolha dos itens do mobiliário partiu do alinhamento de pensamentos entre arquiteto e clientes. Foram escolhidas peças chave de designers brasileiros e internacionais para enfatizar as modulações de layout. Peças, estas, que receberam cores ousadas justamente para que saltassem aos olhos do espectador, como mencionado anteriormente. Já varanda, um caso à parte, foi pensada como um ponto de relaxamento dentro da casa. Talvez como um jardim de inverno, talvez como um refúgio de tranquilidade, este ambiente reflete a enorme quantidade de verde presente na vizinhança. 
 
O paisagismo do terraço integrado à sala cria uma ambientação convidativa ao convívio cotidiano, de onde se pode aproveitar para relaxar a partir dos mesmos tons usados no living, o cinza adotado como ponto de partida. Com a troca dos estofamentos e o uso de novas texturas, foi possível recombinar a mesma tipologia cromática de modo a garantir que este ambiente faça parte do living sem, no entanto, seguir exatamente o seu padrão decorativo. Dentre as nuances particulares à decoração deste imóvel, fica patente o fato de que a simplicidade e a despretensão conseguem ambientar com sucesso qualquer cômodo, desde que guiadas por um olhar perspicaz.

Apartamento Cumaru 

Um projeto masculino, sofisticado e atemporal, foi o pedido do cliente, um jovem empresário inglês recém chegado ao Brasil, admirador do trabalho do escritório. 
Partindo da ótima estrutura existente, um apartamento de 332m2, novo e entregue pela construtora, alterações pontuais foram feitas na planta garantindo a fluidez e integração dos espaços. 
 
No layout, aqui pensado essencialmente para receber e estreitar o convívio, se destaca a concepção de uma sequência de ambientes aconchegantes e interligados. Não há apenas uma sala, como também não há pequenos espaços isolados. Neste apartamento convivem de forma harmônica espaços com múltiplas funções que podem ser acionadas conforme a ocasião. 
 
Para dar personalidade, impacto e acentuar o caráter masculino do projeto, um painel em marcenaria, na cor preta e com desenho único desenvolvido pelo escritório, faz alusão aos tapumes metálicos industriais. O conjunto formado por portas deslizantes e pivotantes reveste todo o perímetro do hall de entrada/caixa do elevador e cria um volume preto, sofisticado e levemente industrial, que contrasta com tonalidades cinzas do restante da estrutura. 
 
Na decoração o que parecia improvável é o grande chamariz. Ao invés de trabalharmos com marcas internacionais, já conhecidas e admiradas pelo jovem inglês, o escritório tratou de apresentar ao cliente uma amostragem interessante do mobiliário e design brasileiro. 
Convivem neste projeto desde os classicos como Zanine Caldas e Sergio Rodrigues, aos consagrados Jader Almeida e Ronald Sasson, como também nomes recentes, e não menos talentosos, como Gustavo Bittencourt, Mula Preta, dentre outros. 
O resultado surpreende, pois a forma, escolha de cores, acabamentos e disposição de todo o mobiliario, essencialmente brasileiro, garantem um resultado original, e ao mesmo tempo cosmopolita; fugindo da fórmula tradicional regionalista de se apresentar o design nacional. 
 
Mais uma vez, na sua busca pelo belo, Diego Revollo cria um projeto único, onde o design nacional, aqui a grande estrela, faz jus ao seu potencial, confere lastro de originalidade e arrebata admiradores.

Apartamento Brasil Design

Inovação define esta cozinha projetada para um jovem solteiro, em uma cobertura em São Paulo. 
Voando alto e distante das cozinhas tradicionais, a ilha aqui, com quase 4.5m de comprimento, paira acima do chão. Suspensa em suas extremidades, por estruturas metálicas pretas, o bloco branco, voltado para a área social, permite que todo o piso da cozinha permaneça visível e assim todo o espaço seja incorporado á área social. 
 A cozinha, agora leve e ampla, é complementada pela linha de armários na cor mostarda e na lateral pelo bloco ripado em madeira Tauari maciça. Enquanto a cor mostarda, em contraste com o tampo preto, confere personalidade ao conjunto, a madeira em tom mel com sua textura natural delimita a área de entrada do apartamento e garante aconchego ao contrapor-se a superfícies lisas e metálicas. 
Conferindo linguagem quase industrial, mas fugindo de toda e qualquer obviedade, o cimento queimado reflete a luz natural e reforça com delicadeza a simplicidade dos materiais escolhidos. Revestindo piso e demais superfícies, ele aqui apenas uniformiza e realça a clareza do partido adotado nesta cozinha.

Cozinha Dijon

Um projeto de vida. Esse foi o briefing de um casal jovem com filhos ao procurar o escritório. O apartamento antigo de quase 500m2 era escuro e compartimentado e todos os acabamentos, de tão antigos, necessitavam ser substituídos. 
Carta Branca foi dada ao escritório para redistribuir a farta metragem e repensar a divisão de todos os espaços. Com liberdade e apuro técnico buscamos neste projeto a pureza e a concisão. Aqui não há excessos. A organização dos espaços é clara e a escolha dos materiais reforça o caráter atemporal e duradouro do projeto. 
 
Nos acabamentos apenas madeira, mármore e aço se intercalam em todas as áreas seja em grandes superfícies como em detalhes construtivos unicamente criados pelo escritório para este projeto. 
Na área social a antiga galeria de acesso à sala, antes fechada, foi colocada à mostra a partir do desnível original. Uma “caixa” em madeira maciça, agora, emoldura e trata de distribuir todas as zonas do apartamento. O sistema sofisticado de portas pivotantes e paineis recebe réguas de cumaru no piso paredes e teto. Em tons de castanho cria automaticamente contraste e impacto com o grande living rebaixado e propositalmente branco. 
 
O mobiliário, essencialmente monocromático e em tons claros difunde a luz natural e provoca os sentidos ja que ali tudo é leve, limpo e perfeitamente equilibrado. Peças de design italiano convivem harmonicamente com mobiliário nacional que exibe clássicos de Zalszupin passa por Jader Almeida e contempla novíssimos designers como Bianca Barbato e Tiago Curioni. 
 
Na escolha de objetos o critério e escolha de cada item é preciso já que pouquíssimas peças complementam a decoração. Aqui não existe limite ou divisão entre objetos meramente decorativos e a arte. Fotos e telas de artistas contemporâneas como Sergio Lucena, João Castilho e Janaina Landini se intercalam com esculturas de Cruz Diez e Tulio Pinto. Obras que aqui, como em uma galeria de arte, se apresentam em diversos formatos ora nas paredes como também junto às peças do mobiliário.

Apartamento Higienópolis

Integração e Elegância definem o projeto do escritório para este apartamento sólido, de 500m2, em um dos melhores bairros de São Paulo. 
 
Um jovem casal, com filhos, deu carta branca ao escritório para a reformulação completa da antiga planta do imóvel de 35 anos de idade para que, não só se adequasse às necessidades do casal, mas que trouxesse o imóvel para o tempo presente, aproveitando o máximo potencial da área existente. 
 
Com arquitetura mediterrânea, uma das marcas dos edifícios desenvolvidos pela construtora Adolpho Lindenberg nos anos 80, a forma original da laje já trazia elementos curvos não só nas paredes externas mas também nas aberturas dos vãos da fachada e esta foi a principal inspiração para o projeto. 
Partindo dessa principal característica, o escritório tirou partido dos elementos arredondados da arquitetura e trouxe, para a planta reformulada, espaços integrados e marcados pela fluidez das curvas, tanto para o novo layout, como também para todo o projeto de arquitetura de interiores. 
 
Em função da grande laje original o maior desafio era, na integração dos espaços, trazer a luz natural para o interior do apartamento. Paredes foram derrubadas resultando em uma imensa área social que pode ser percorrida integralmente sem a abertura de nenhuma porta ou obstrução de qualquer ambiente. Para ampliar o efeito da difusão da luz o escritório sugeriu um piso claro em mármore bruto que cumpre com maestria a função de trazer a claridade à estrutura como também garante a unidade de toda a área social. 
 
A amplitude dos ambientes é uma das características mais marcantes, e, com poucos móveis, porém marcantes, a mistura de estilos e épocas é o maior trunfo do projeto de decoração de interiores. Em uma operação precisa e com dosagem bastante criteriosa, Diego Revollo, em um mesmo ambiente, tem a capacidade de juntar, ao mobiliário contemporâneo, peças de diferentes estilos e épocas como o Neoclássico Francês, o Vintage, e o Móvel Moderno Brasileiro. 
 
 No Living convivem em harmonia a Poltrona Alta de Oscar Niemeyer, ícone do mobiliário modernista brasileiro, ao lado da Poltrona Antiga Luis XV França século XIX . Também no Living destaque para a Tapeçaria “Entardecer” de Norberto Nicola. 
No escritório podemos destacar no Mobiliário o Bureau Plat Sec. XIX, junto às poltronas Aston na cor bordô da italiana Minotti. Destaque também no Escritório para a escultura de Ângelo Venosa e quadro em Óleo e Resina sobre Alumínio de Carlito Carvalhosa. 
Em todos os ambientes, tonalidades de cru e bege, junto à madeira, garantem a unidade visual da área social, mas é a cuidadosa e rica mistura de peças especiais, de diferentes épocas e procedências, que trazem não só beleza mas também um caráter único ao projeto.

Apartamento Artur Ramos

Um apartamento de estilo clássico, com quase 20 anos de idade, é o novo lar de um jovem casal com dois filhos que, tendo já contratado o escritório para a residência anterior, retornaram desta vez para a reforma e décor deste novo imóvel de 330 m2 situado no Jardim Guedala, bairro do Morumbi, em São Paulo. 
 Uma das principais ênfases dos clientes era o fato de que as características existentes na arquitetura original do apartamento já os agradava bastante e, desta forma, o projeto ressaltou as qualidades existentes, com alterações pontuais para adequação funcional, corrigindo cirurgicamente as imperfeições. Desenhos de molduras foram melhorados, detalhes delicados na marcenaria deram o seu toque mas o grande destaque ficou reservado para a decoração de interiores, o maior enfoque no nosso trabalho. 
As enormes janelas e os quase 3 m de pé-direito do imóvel garantem a boa iluminação e a amplitude, enquanto a sensação de aconchego ficou por conta da criação de um layout bem resolvido, que estimula conversas e o convívio em família. 
 O desafio foi promover uma combinação de estilos que exigisse riscos maiores mas que trouxesse um resultado fora da obviedade. O grande living foi ocupado por dois ambientes menores, fugindo da fórmula rígida de dois sofás e uma mesa grande de centro. O mix de estilos (design italiano, brasileiro, moderno e vintage) fez surgir um ambiente atemporal e surpreendente, tudo permeado por muitas obras de arte, garantindo, além de beleza, uma elegância internacional.

Apartamento Jardim Guedala

A área social com pé direito duplo de quase 6 metros foi o ponto de partida para o projeto de arquitetura de interiores e decoração deste apartamento em São Paulo. 
 
Com o imóvel de 200m2, recém-adquirido, porém ainda em construção, um jovem casal procurou o escritório e nos conferiu carta branca para a personalização completa do apartamento. 
 
Ainda que a área social esbanjasse amplitude, o escritório tratou de anexar parte da varanda, também com pé direito duplo, para a criação de uma sala de jantar integrada ao retângulo principal da sala. A sugestão ia ao encontro das aspirações dos clientes, uma vez que a varanda original correspondia à quase metade de toda a área social e também, do ponto de vista estético, proporcionaria um living mais generoso do que o original. Menor, a varanda resultante, ainda assim, conseguiu abrigar um confortável estar e uma churrasqueira. 
 
A cozinha, inicialmente isolada, passou a ser integrada com a máxima abertura possível à área social. A criação de uma ilha voltada para a sala, além de funcional, aumenta o convívio da família e surge como um apoio para refeições rápidas ou mesmo possibilita que amigos acompanhem o preparo de refeições. 
 
O principal desafio do projeto foi trazer aconchego para a enorme área com pé direito duplo. Com precisão e cuidado na dosagem, a madeira é a protagonista da estrutura e a grande responsável por direcionar todas as demais escolhas. Vestir com madeira natural de forma equilibrada e sem exageros a “caixa branca” original trouxe ares de casa e afastou qualquer risco de impessoalidade ao projeto. 
 
A madeira Cumaru, com bastante personalidade, é o destaque do projeto e isso é bastante claro logo na entrada do apartamento. O hall social, inteiramente revestido com esta madeira, conta com uma pérgula no teto que se desdobra em elemento vazado junto ao acesso do lavabo. A ideia, além de engenhosa, permite um respiro eliminando eventual ar claustrofóbico do pequeno espaço. Quando aberto ao living, através de uma porta de correr, a sensação ao se deparar com a amplitude do espaço e o contraste com as paredes brancas, causa surpresa a quem chega. 
 
Se a estrutura já carrega bastante personalidade nos tons da madeira natural, para a decoração, Revollo assume correr riscos. Nela, ele não só enfatiza as tonalidades terrosas em tecidos e metais no tom do cobre, como acrescenta à paleta de cores um azul intenso através de um imenso tapete que emoldura o piso da sala principal. O que poderia ser excesso, aqui se torna prazeroso aos olhos já que o azul é diluído em função da amplitude e da oferta de paredes brancas. 
 
Com decoração essencialmente contemporânea, a escolha foi por poucas e marcantes peças. Essa seleção contempla desde um ícone do móvel moderno como a mesa Pétala de Jorge Zalszupin, passando pela luminária oversize de Starck para a Flos, objetos consagrados de Tom Dixon, e também introduz peças de Lucas Recchia, jovem designer brasileiro. 
 
Nos demais ambientes, tonalidades suaves de azuis, cinzas e beges amenizam a madeira Cumaru já que o pé direito deixa de ser duplo. Ainda assim é possível perceber um fio condutor, através da madeira e pinceladas terrosas em quase todos os ambientes, o que reforça a identidade única deste projeto.

Apartamento Terracota

Uma morada prática, confortável e descontraída era o desejo do jovem casal ao procurar o escritório para projetar os interiores do seu apartamento de 180m² em São Paulo, adquirido na planta. No intuito de atender às demandas específicas dos clientes e de valorizar as suas sensibilidades, o projeto foi desenvolvido ao longo do processo de construção do imóvel, de maneira a viabilizar a máxima personalização da unidade junto à construtora. 
 
De forma a priorizar o aconchego e o conforto dos moradores, propôs-se assoalho em madeira Cumarú que percorre toda a área social e íntima do apartamento. O living com pé-direito duplo, coração do apartamento, foi projetado como espaço de convivência que se articula aos demais ambientes da casa. A demolição de uma parede que separava o estar do corredor de circulação dos dormitórios configurou um espaço mais amplo e fluido, potencializado pela proposta de uma estante metálica vazada, a qual assegura permeabilidade visual, além de melhor ventilação natural e iluminação. 
 
A estante foi projetada no alinhamento de um recorte presente na parede do pé-direito duplo, concebendo um enquadramento interessante para o estar, o qual recebeu uma obra de arte escultural e de formas orgânicas, de modo a quebrar a rigidez das linhas ortogonais. 
A proposta de integração da área de jantar com a cozinha partiu do recurso a uma porta camarão, que assegura versatilidade no uso dos ambientes, permitindo a sua abertura total – convidativa aos momentos em que os clientes desejem cozinhar e receber amigos – ou o fechamento completo, em situações que requeiram maior privacidade ou formalidade. 
 
Ademais, para atender ao desejo dos moradores de ter uma área de estar externa, a varanda manteve-se sem fechamento em vidro, valorizando a vista que se descortina para a cidade e propondo-se o uso de materiais adequados, bem como um nicho fechado em vidro para proteger a TV das intempéries. O revestimento do piso com um deck, também em madeira Cumaru, contribuiu para estender a sensação de aconchego, que caracteriza todo o apartamento, também à área externa. 
 
O setor íntimo da morada, conforme desejo dos clientes, deveria preservar duas das quatro suítes originais do apartamento, de forma a acomodar eventual família no futuro. A suíte máster foi integrada a uma das outras suítes existentes, viabilizando um amplio de closet, um espaço de circulação generoso e dois banheiros independentes para os moradores. O uso do linho no revestimento do painel da cabeceira também reforçou a atmosfera aconchegante e confortável do espaço. 
 
Como um dos principais elementos de definição do projeto, a paleta de cores ousada, presente na marcenaria e em elementos do mobiliário, refletiu a personalidade dos clientes e assegurou ao apartamento uma linguagem contemporânea, elegante e descontraída – o que é reforçado pelas peças de design vintage e modernas selecionadas, que completam o décor com originalidade e traduzem neste apartamento a marca do escritório.

Apartamento Colorful

Este Loft de 100 m2 com estrutura e instalações aparentes, esta localizado no Morumbi bairro nobre de São Paulo. 
 
Embora o apelo estético dos galpões nova-iorquinos convertidos em moradia nos anos 70 seja a principal justificativa do publico masculino ao explicar o desejo por esse estilo de imóvel, Diego Revollo que é conhecedor desse repertório e com alguns lofts no portifólio, sabe que esse perfil prioriza os bons materiais e a funcionalidade. 
 
Entregue pela construtora quase sem paredes e já com o mezanino, o apartamento dispensou grandes obras, com exceção do banheiro que foi reduzido e recebeu revestimento negro (piso, paredes e teto) em cimento queimado carbono. Diego Revollo investiu em acabamentos elegantes e soluções originais para adaptar os espaços. 
 
Já havia uma grande integração no térreo, mas eliminar a bancada em L da cozinha e trocá-la por uma mesa de jantar riscou do mapa qualquer tipo de barreira. 
 
Pensada como uma grande caixa a área social teve tetos e paredes pincelados com cimento queimado cinza-claro, realçando o esqueleto metálico preto e a tubulação elétrica aparente, nesse tipo de solução não convém mascarar a estrutura, encobrir vigas e nem colocar forros, ressalta o arquiteto. 
 
A decoração deste loft foi coadjuvante, explica Diego Revollo. Para aquecer a paleta essencialmente escura e quebrar a sobriedade, o assoalho de tauari cobre todo o piso e objetos e tapetes entram como pontos de cor. A atração da sala, a estante de TV desenhada pelo Diego Revollo lembra uma pilha de engradados. Vazada, deixa ver a textura da parede ao fundo. 
 
 Os tons todos bem orquestrados deste loft paulistano ressaltam a atmosfera industrial.

Industrial Loft II

Bem-vindos ao apartamento de 90m² em um bairro tradicional paulistano que passou por reforma completa para adaptar melhor o novo morador: um jovem, solteiro, administrador de empresas e apreciador de arte e fotografia. 
 
“As referências que ele me forneceu sequer mostravam ambientes ou móveis. Mas sim seu universo estético. Seu amor pelo mar, pelo azul, pelo verde, pelo azul petróleo” explica Diego Revollo. 
 
Tudo no apartamento ficou muito prático e confortável após a reforma radical, segundo o próprio morador. Não havia nada da configuração original, bastante compartimentada, que devesse, obrigatoriamente, ser mantida. 
 
Diego Revollo enfatizou a integração dos espaços e diminuiu o número de compartimentos, eliminou um dos dormitórios para ampliar a sala e abriu totalmente a cozinha para o ambiente, sem portas. Assim ampliada pela abolição de um dos quartos a sala original cresceu, dando origem a um único estar. O antigo lavabo incorporou parte do dormitório de empregada, enquanto a área restante abriu espaço para a criação de um pequeno escritório doméstico. 
 
Com paredes e tetos revestidos em cinza claro, assoalho de madeira de coloração mel e parte da marcenaria executada no mesmo tom criou-se uma base sofisticada à decoração. Mas o que salta aos olhos neste apartamento é a ênfase dada à cor azul petróleo. 
 
Outro ponto alto do projeto é a marcenaria, que aparece com destaque também nas áreas molhadas, Diego Revollo fugiu do banheiro com cara de banheiro, além do piso de madeira, dotou os ambientes de cubas posicionadas sobre cômodas, de visual levemente retrô, se parecendo com móveis deixando o conjunto muito mais harmônico.

Petroleum Apartment

O apartamento de 340m², situado em um edifício neoclássico construído há aproximadamente 20 anos, já pertencia à família do jovem empresário e era ocupado apenas esporadicamente. O décor, que acompanhava a linguagem arquitetônica da época, demonstrava os sinais do tempo. Ao procurar o escritório para atualizar os interiores do imóvel, a fim de nele estabelecer sua nova morada, o cliente exprimiu seu desejo por ambientes que traduzissem uma atmosfera mais contemporânea, condizente com sua personalidade e com seu estilo de vida atual.
O projeto propôs intervenções simples, por meio de uma reforma que buscou aproveitar ao máximo a estrutura sólida do apartamento, preservando e revalorizando elementos nobres preexistentes. Nesse sentido, o revestimento de mármore crema marfil polido, que percorre toda a área social do imóvel, passou por um processo de levigamento para ganhar acabamento fosco, viabilizando o toque de contemporaneidade desejado sem comprometer a sofisticação e a sobriedade do material. 
No que diz respeito ao forro de gesso existente, cujos grandes rebaixos abrigavam o sistema de ar condicionado e emolduravam os ambientes ao gosto clássico, sugeriu-se uma solução mais moderna por meio da criação de vigas de gesso revestidas com cimento queimado. A intervenção, além de manter a funcionalidade do rebaixo, reforça a linguagem adotada pelo projeto, trazendo maior assepsia visual, remetendo à tradição brutalista e conferindo uma ambiência mais masculina.
Ainda que não fosse uma demanda inicialmente clara, o apartamento assumiu esse DNA fortemente masculino – pelo qual o cliente já revelara interesse, face à sua admiração por outros projetos do escritório em que esse traço esteve presente. O layout proposto refletiu tal percepção, tendo em vista o pedido do morador de contar com uma mesa de bilhar na área de estar. O escritório iniciou, então, uma busca por um modelo que reiterasse e dialogasse com a sofisticação do espaço, chegando à Centennial Pool Table, uma autêntica mesa de bilhar Art Déco produzida em edição comemorativa pela lendária marca americana Brunswick, na ocasião do seu centenário em 1946. 
Protagonista do projeto, a mesa de bilhar – adquirida de um colecionador americano e restaurada – revelou-se também elemento crucial na organização dos espaços. Centralizada em relação às duas portas de vidro que acessam a varanda social, a mesa setoriza os ambientes de estar: de um lado, um living tradicional com sofá, e de outro, junto à lareira, uma área de lounge com poltronas. Ademais, não compete visual ou espacialmente com a mesa de refeições, uma vez que a sala de jantar, embora integrada, encontra-se resguardada em um espaço adjacente. 
O caráter atemporal do projeto foi garantido pela escolha do mobiliário e dos objetos de decoração, os quais, pertencentes a distintas épocas e estilos, encontraram sintonia e viabilizaram uma linguagem coerente com o décor e a atmosfera desejados pelo cliente. Foram escolhidas peças de designers nacionais e estrangeiros, jovens e consagrados. Destacam-se, em tal sentido, a poltrona Paraty, do amplamente reconhecido Sergio Rodrigues, o sofá assinado pelo jovem Bruno de Carvalho e o lustre da tradicional grife italiana Vistosi, que ilumina a mesa de bilhar e reforça sua centralidade no projeto. No mais, algumas peças foram desenhadas pelo próprio Diego Revollo especialmente para o projeto – como as mesas de centro do lounge junto à lareira, em mármore travertino silver, e a mesa de jantar em madeira laqueada preta e metal polido. 
Por fim, a curadoria das obras de arte orientou-se pelo propósito de complementar o décor com toques de cor e irreverência, além de reafirmar a contemporaneidade desejada pelo cliente. Além de fotografias e esculturas com linguagem elegante, ressalta-se a tela em tons levemente rosados de Sergio Lucena, que assumiu o ponto de cor mais forte no projeto, assim como a obra de José Bechara posicionada sobre a mesa bar. Uma seleção que enriqueceu os ambientes, sem ofuscar a personalidade única do projeto.


Billiard 

Diego Revollo é um dos destaques da arquitetura de interiores e decoração. O arquiteto que utiliza, como ninguém, elementos clássicos em projetos contemporâneos. Iniciou sua carreira trabalhando ao lado de grandes mestres e hoje dirige seu próprio escritório em São Paulo. Além de vários prêmios recebidos, possui projetos por todo Brasil e América do Sul e atua como conselheiro de revistas especializadas em arquitetura e decoração. 
O loft de cem metros quadrados, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, foi projetado visando algumas marcantes características de seu proprietário. Uma vez que o mesmo vive sozinho, a integração dos espaços tornou-se um dos principais partidos adotados. Desta forma, o escritório conquistou a ideal conciliação entre modernidade e conforto, provocando, simultaneamente, um ar industrial à residência.  Além disso, os tons utilizados em todos os revestimentos, como o preto e o cinza, enfatizaram ainda mais a masculinidade do espaço. Integração surge como palavra chave do sucesso obtido neste projeto, acentuado ainda mais principio fundamental deste tipo de apartamento, o loft. 
A opção por um único revestimento para as paredes e teto de todo o apartamento também auxiliou a proporcionar maior unidade ao espaço, formando uma caixa única. Com a finalidade de alcançar o equilíbrio entre as características rústicas e industriais e as sensações quentes e aconchegantes, o cimento queimado foi escolhido como principal revestimento. Uma resina especial foi utilizada na mistura pronta Tecnocimento em busca de uma maior estanqueidade das superfícies das áreas molhadas. 
No pavimento inferior, o living, sala de jantar e a cozinha também foram unificados, uma vez que, além de não apresentar divisórias, a mesa de jantar surge como uma prancha em madeira Pinho maciça  engastada na bancada em aço inox, conferindo, assim, a modernidade na utilização dos materiais. No mezanino, a eliminação de qualquer divisão entre o dormitório, banho e o closet reduzida, foi solução escolhida para promover maior amplitude ao espaço. A baixa cabeceira desenhada pelo escritório em conjunto com os criados suspensos nas duas laterais acentuam a desejada horizontalidade, fator que auxilia ainda mais a proporcionar uma sensação de expansão. A composição de elementos leves, como a bancada suspensa em madeira Sucupira ebanizada do banheiro que substitui um gabinete comum e o espelho fixado diretamente na laje com faces para os dois lados, por exemplo, também contribuíram para que tal objetivo fosse alcançado.
A contemporaneidade presente neste projeto vai além de sua estrutura, estando fortemente representada também nos elementos decorativos. Cada detalhe foi especialmente pensado de forma a acentuar as características deste tipo de apartamento, remetendo-o aos galpões novaiorquinos. 
