Um projeto de vida. Esse foi o briefing de um casal jovem com filhos ao procurar o escritório. O apartamento antigo de quase 500m2 era escuro e compartimentado e todos os acabamentos, de tão antigos, necessitavam ser substituídos.
Carta Branca foi dada ao escritório para redistribuir a farta metragem e repensar a divisão de todos os espaços. Com liberdade e apuro técnico buscamos neste projeto a pureza e a concisão. Aqui não há excessos. A organização dos espaços é clara e a escolha dos materiais reforça o caráter atemporal e duradouro do projeto.
Nos acabamentos apenas madeira, mármore e aço se intercalam em todas as áreas seja em grandes superfícies como em detalhes construtivos unicamente criados pelo escritório para este projeto.
Na área social a antiga galeria de acesso à sala, antes fechada, foi colocada à mostra a partir do desnível original. Uma “caixa” em madeira maciça, agora, emoldura e trata de distribuir todas as zonas do apartamento. O sistema sofisticado de portas pivotantes e paineis recebe réguas de cumaru no piso paredes e teto. Em tons de castanho cria automaticamente contraste e impacto com o grande living rebaixado e propositalmente branco.
O mobiliário, essencialmente monocromático e em tons claros difunde a luz natural e provoca os sentidos ja que ali tudo é leve, limpo e perfeitamente equilibrado. Peças de design italiano convivem harmonicamente com mobiliário nacional que exibe clássicos de Zalszupin passa por Jader Almeida e contempla novíssimos designers como Bianca Barbato e Tiago Curioni.
Na escolha de objetos o critério e escolha de cada item é preciso já que pouquíssimas peças complementam a decoração. Aqui não existe limite ou divisão entre objetos meramente decorativos e a arte. Fotos e telas de artistas contemporâneas como Sergio Lucena, João Castilho e Janaina Landini se intercalam com esculturas de Cruz Diez e Tulio Pinto. Obras que aqui, como em uma galeria de arte, se apresentam em diversos formatos ora nas paredes como também junto às peças do mobiliário.